Passeio pelo Centro: conheça o Mercado da Capixaba e o Viaduto Caramuru

Ouça a participação do comentarista e historiador, Rafael Simões

Publicado em 26/02/2024 às 11h40

Mercado da Capixaba, no Centro de Vitória, em julho de 2021. Crédito: Carlos Alberto Silva

Nesta edição de “Espírito Santo: Que História É Essa?”, o comentarista Rafael Simões passeia pelo Centro de Vitória e apresenta as histórias de duas construções importantes para a Capital: o Mercado da Capixaba e o Viaduto Caramuru. Ouça a conversa completa!

Seu browser não suporta audio HTML5

Mercado da Capixaba

O Mercado da Capixaba é um edifício construído no Centro Histórico de Vitória. A edificação de 1926 foi construída durante a gestão do governador Florentino Avidos, na Avenida Jerônimo Monteiro, para substituir um mercado que funcionava no mesmo local. Esta, antigamente, se chamava Avenida Capixaba. O prédio foi tombado pelo Conselho Estadual de Cultura no ano de 1983. Em 1996 o Mercado passou por uma grande reforma e passou a sediar a Secretaria Municipal de Cultura e Turismo.

Na noite do dia 13 de setembro de 2002, ocorreu um incêndio iniciado em uma loja localizada no térreo, que acabou por destruir o teto do segundo pavimento. Enfim, reformado, podemos dizer reconstruído, o novo Mercado da Capixaba irá contar com 16 lojas, que irão variar de 23m² a 103m².

Viaduto Caramuru

Em 1640, mais uma vez, os holandeses tentaram invadir Vitória. Um dos pontos de ataque foi a viela que a partir do Cais de São Francisco, que depois foi aterrado e denominado Parque Moscoso, dava para a Cidade Alta que, a partir de então foi conhecida como a Rua do Fogo. Em 1872 a viela recebe o nome de Rua Caramuru.

Na década de 1930, segundo o historiador Elmo Elton, a rua é alargada e de uma simples viela passa a ter 15 metros de largura, facilitando o acesso à Cidade Alta. O Viaduto Caramuru, único em nossa capital, foi construído entre 1924 e 1927 e, inicialmente, tinha o nome de Viaduto de São Francisco.

Inicialmente, estava previsto que o Viaduto fosse utilizado para a passagem do bonde, que, lembremos, só circulava, desde o início da década de 1910, na parte baixa da cidade, no entanto, por ali eles nunca passaram. As condições “apertadas” das vias da Cidade Alta não o permitiam.

Como destacam as arquitetas Eliane Lordello e Anna Karine Bellini, em seu artigo O Viaduto Caramuru, trata-se de uma estrutura moderna de concreto armado e alvenaria, arrojada para a sua época, mas revestida por uma roupagem do Ecletismo, como atestam os seus vários adornos, vigentes ao tempo de sua construção.