'Central de teleflagrante' vai unificar recebimento de ocorrências policiais no ES

Quem explica o funcionamento é o delegado Felix Meira, coordenador do projeto

Vitória / Rede Gazeta
Publicado em 16/09/2021 às 12h08
Chefatura da Polícia Civil (PCES)
Chefatura da Polícia Civil (PCES). Crédito: TV Gazeta

Começou a operar na última segunda-feira (13) a Central de Teleflagrante da Polícia Civil do Espírito Santo (PCES). Na prática, o projeto possibilita o recebimento de ocorrências em um só lugar, de forma remota e em tempo real, possibilitando mais agilidade na atuação policial e nas possíveis autuações. A Central de Teleflagrante funciona na Chefatura de Polícia, em Vitória. No local, uma sala foi preparada com computadores, equipamentos de videoconferência e conexão à internet, onde delegados e escrivães farão plantões remotos, recebendo, neste primeiro momento, as ocorrências entregues nos plantões das delegacias regionais de Aracruz e Guarapari. Em entrevista à CBN Vitória, o delegado Felix Meira, coordenador do projeto "Teleflagrante", traz mais detalhes. Acompanhe!

Nas delegacias regionais, equipes de policiais civis com treinamento específico irão receber ocorrências, gerenciar a comunicação remota e conduzir os envolvidos. O sistema vai permitir a implantação de plantões em regime de 24h em delegacias regionais que nunca operaram nessa atividade. Além disso, como ocorreu em outros estados, esse avanço tecnológico permitirá a melhor distribuição do efetivo policial, contribuindo para a reabertura de unidades desativadas ou em funcionamento precário. Com o remanejamento de mão de obra dos plantões para outras delegacias, ocorrerá a melhoria da qualificação das provas técnicas e o aumento na resolutividade de crimes e prisões qualificadas.

A lavratura do Auto de Prisão em Flagrante (APF) por videoconferência ocorre da seguinte forma: policiais civis, ao receberem uma ocorrência nos plantões de Delegacias Regionais, acionarão a Central Teleflagrante, que lavrará o procedimento on-line, realizando entrevistas e oitivas. Após a finalização do procedimento remoto, o expediente será remetido à delegacia de polícia de origem, por meio da Delegacia On-line (Deon).

Advogados ou defensores públicos poderão acompanhar o procedimento de forma on-line ou presencial. Caso optem pelo formato on-line, será disponibilizado um acesso seguro e privativo para diálogos com os clientes.

O sistema permitirá que o delegado de plantão, localizado na Central Teleflagrante, atenda a mais de um caso simultaneamente, sem que haja prejuízo ao bom andamento dos procedimentos, ou seja: enquanto um procedimento está em preparação ou interrompido, outro poderá ser adiantado, entrevistando-se advogados e defensores, ou procedendo-se às oitivas.

As Delegacias Regionais que forem incluídas no Teleflagrante continuarão a ter Delegados e Escrivães de Polícia atuando de forma presencial, nos horários de expediente, tanto para a condução das investigações, quanto para o atendimento da população e advogados.