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Greve dos rodoviários afasta consumidores do Centro de Vitória
Fecomércio estima prejuízo diário de R$ 8 milhões para comerciantes por conta da paralisação do transporte público
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Eduardo Dias
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A Avenida Jerônimo Monteiro, no Centro de Vitória, é uma das mais importantes para o comércio de rua da Capital. Consumidores circularam por lojas e estabelecimentos comerciais ao longo da avenida diariamente e aquecem a economia da região. No entanto, por conta da paralisação dos rodoviários, que começou na madrugada desta segunda-feira (3), o que se viu no centro da cidade foram lojas e calçadas vazias.
Greve dos rodoviários afasta consumidores do Centro de Vitória
Por conta de uma determinação da Justiça do Trabalho, no mínimo 70% da frota dos ônibus deve circular nos horários de pico (de 6h às 9h e de 17h às 20h). Nos demais horários, a determinação é de, no mínimo, 50% dos coletivos. Por isso, na avaliação dos comerciantes da Grande Vitória, o risco de sair de casa e ficar sem transporte público faz com que os consumidores tenham receio de ir às compras.
A reportagem da CBN Vitória esteve no Centro de Vitória e constatou a baixa movimentação no comércio. Em oito lojas visitadas, todas registraram atraso na chegada dos funcionários por conta da demora para conseguir embarcar em um ônibus.
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Um dos exemplos dessa baixa movimentação de clientes e baixa nas vendas pôde ser visto na loja de roupas comandada pelo empresário Décio Etori. O empresário não quis estimar o tamanho de um possível prejuízo, mas afirmou que nas primeiras três horas de funcionamento do dia, fez apenas três vendas. O normal, segundo ele, seria ter atendido pelo menos 15 clientes.

"Você fica o ano todo esperando chegar esse momento, para as pessoas receberem o Décimo Terceiro e o começo de mês. Estava uma paradeira geral (no comércio), aí começou a greve dos ônibus. As pessoas não se arriscam a sair de casa e o movimento está bem abaixo da média", reclamou o comerciante.
Por conta da greve, a Federação do Comércio, de Bens, Serviços e Turismo do Espírito Santo (Fecomércio-ES), estima que a queda no movimento das lojas será de até 40%, dando um prejuízo diário de até R$ 8 milhões para os comerciantes. O presidente da Fecomércio, José Lino Sepulcri, afirma que um balanço da primeira manhã da greve será divulgado na tarde desta segunda-feira.

MOTIVOS DA GREVE
Os rodoviários cobram um reajuste linear de pelo menos 4% nos salários, tíquete alimentação e plano de saúde. A categoria rejeitou os 3% propostos pelo sindicato das empresas. Uma nova reunião de negociação entre as partes está marcada para acontecer na tarde desta segunda-feira.