Carta de coronéis da PM do ES joga gasolina no cenário eleitoral

Oficiais reclamam do próprio comandante da tropa, evidenciando mais uma quebra de hierarquia e evocando a greve de 2017

Publicado em 07/12/2021 às 12h18
Quartel do Comando Geral da Polícia Militar do Espírito Santo
Quartel do Comando Geral da Polícia Militar do Espírito Santo. Crédito: Carlos Alberto Silva

A carta em que 15 dos 20 coronéis da ativa da Polícia Militar do Espírito Santo reivindicam valores mais altos no contracheque e "alertam" o secretário de Segurança Pública, Alexandre Ramalho, para a possibilidade de uma nova paralisação da tropa, a exemplo do motim de fevereiro de 2017, marca, mais uma vez, a quebra da hierarquia na corporação.

A missiva poderia ser endereçada ao comandante-geral da PM, coronel Douglas Caus, mas, sob o argumento de "falta de diálogo", os coronéis decidiram dirigir-se diretamente ao secretário, que também é coronel.  Entre os pontos de descontentamento dos coronéis está justamente o abate-teto, "consumindo a remuneração dos nossos postos, deixando no mesmo patamar um coronel aposentado e um major da ativa antigo", dizem, na carta. Ouça a análise política da comentarista Letícia Gonçalves.