Bares em Jardim da Penha ficam sem música após ação da prefeitura; saiba como funciona a fiscalização

O secretário municipal de Meio Ambiente de Vitória, Tarcísio Foeger, explica

Vitória / Rede Gazeta
Publicado em 14/05/2024 às 12h23
Bar Pimenta Carioca - Jardim da Penha com grande movimentação de apoiadores de Lula
Bar Pimenta Carioca, em Jardim da Penha, Vitória. Crédito: Daniel Marçal

Alguns dos bares mais tradicionais de Jardim da Penha estão sofrendo punições devido ao volume do som após o horário permitido. Em meio a uma polêmica, o assunto tomou conta das redes sociais na última semana, principalmente depois que dois estabelecimentos publicaram os autos de infrações aplicados pela Prefeitura de Vitória, no Instagram. Em entrevista à CBN Vitória, o secretário municipal de Meio Ambiente de Vitória, Tarcísio Foeger, explica como funcionam as fiscalizações desse tipo na Capital. Ouça a conversa completa!

O QUE DIZEM OS BARES:

  • Nas redes sociais, em publicação do Bar do Orestes, o sócio relata o que tem passado. “Estamos sendo perseguidos. Todas as vezes que temos a nossa música ao vivo somos alvos da fiscalização. Vale ressaltar que, em uma oportunidade, a fiscalização chegou às 18h30 em um dia que nem música tinha”, disse Darlan Goltara da Silva Ferreira. Em contato com HZ, Darlan afirmou que o local possui a estrutura adequada para trabalhar com música ao vivo. “Há cerca de um ano, mudamos a localização do bar com o intuito de agregar mais com a cultura. Fizemos a parte de acústica, fechamento de vidro e também do teto. Além disso, tiramos todas as licenças necessárias”, ressaltou. Na última semana, o Bar do Orestes recebeu um auto de constatação e dois autos de infração, cujos valores somam R$ 8 mil. Após a notificação, o proprietário optou em não continuar mais com os trabalhos de música ao vivo. “Acredito que isso não vai parar, por isso optamos em não ter mais música. Se a gente tomar a terceira multa, pode acabar sendo interditado. Está ficando desgastante”, completou.
  • Já para Alexandra Pimenta, proprietária do Pimenta Carioca, a situação é ainda mais grave. A empresária acabou tendo seu empreendimento interditado para atividade sonora, na última quinta-feira (9). Após receber multas que somam R$ 14 mil, a dona do estabelecimento falou para HZ sobre os impactos que a interdição irá causar. “Peguei o bar em 2019. Desde que comecei, sempre bateram aqui. Houve semanas que era todo dia, o que não caracterizava multa, mas notificação. A última vez que falaram comigo e me notificaram foi no ano passado. O Pimenta é um ponto cultural, é o que atrai os clientes. Sem a música, terei que despedir ao menos dois garçons e a auxiliar de cozinha”, frisou Alexandra

O QUE DIZ O SINDBARES:

  • O Sindicato dos Bares e Restaurantes do Espírito Santo (Sindbares/ Abrasel ES) enviou uma nota para HZ afirmando que irá investigar o caso. “O Sindbares/ Abrasel ES, ao tomar conhecimento do fato, iniciou um diálogo com as autoridades. O Sindicato de Bares e Restaurantes do Espírito Santo procura entender o cenário para encontrar uma solução viável para o setor”.