Cientistas brasileiros publicam novas diretrizes de prevenção ao suicídio

O psiquiatra Alexandre Andrade Loch, um dos especialistas que participou da elaboração desse documento, fala sobre o assunto

Vitória / Rede Gazeta
Publicado em 28/09/2022 às 11h03
Prevenção à vida
Prevenção à vida. Crédito: Pixabay

A campanha de conscientização pela vida ganha ênfase durante o mês de setembro. A data foi criada pela Associação Internacional para a Prevenção do Suicídio e endossada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). O objetivo é chamar a atenção dos governos e da sociedade civil para a importância de falar sobre o assunto. Nesse contexto, pesquisadores brasileiros publicaram um novo documento com diretrizes para ajudar as pessoas em geral — que não trabalham necessariamente na área da saúde — a identificar, abordar e encaminhar um conhecido com ideias suicidas para um tratamento adequado, já que a maioria dos casos está associada a algum tipo de transtorno de saúde mental. Traduzido e adaptado das diretrizes do programa "Mental Health First Aid", que existe na Austrália desde 2000, a versão brasileira é resultado de uma cooperação que existe desde 2018 entre pesquisadores brasileiros e australianos.

O psiquiatra Alexandre Andrade Loch, professor de pós-graduação do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clinicas da Faculdade de Medicina da USP (IPq-FMUSP), um dos especialistas que participou da elaboração desse documento, fala sobre o assunto. "Ainda existe muito estigma em torno do suicídio. O que a gente quer com esse documento é que as pessoas entendam que uma pessoa que se suicida não tomou essa decisão do dia para a noite. É um processo que vem acontecendo há algum tempo, a pessoa está adoecendo e precisa de ajuda. O suicídio é só a ponta do iceberg", explica. Ouça a conversa completa!