Gripe aviária: locais interditados e funcionários em quarentena após confirmação de três casos em aves

Ouça entrevista com o o secretário de Estado da Agricultura, Enio Bergoli

Vitória / Rede Gazeta
Publicado em 17/05/2023 às 10h51
Refúgio da Vida Silvestre da Mata Paludosa (antigo Parque da Fazendinha), em Vitória, está fechado
Refúgio da Vida Silvestre da Mata Paludosa (antigo Parque da Fazendinha), em Vitória, está fechado. Crédito: Paulo Ricardo Sobral/TV Gazeta

As três aves identificadas no Espírito Santo com gripe aviária estavam debilitadas e já tinham morrido quando saíram os resultados dos testes que identificaram que elas estavam com o vírus H5N1. A primeira foi achada caída na praia em Marataízes, no sul do Estado. Por coincidência, quem identificou o trinta-reis-bando debilitado foi uma médica veterinária do próprio Idaf, que teve os cuidados para recolher a ave de forma segura. A segunda ave, também um trinta-réis-bando, foi encontrada caída embaixo de uma árvore no parque da Fazendinha, em Jardim Camburi, que fica a pouco mais de 2 km da praia, onde as aves costumam ficar. Ela foi recolhida por técnicos do Instituto Caiman que atuam no parque. As duas foram levadas para o Instituto de Pesquisa e Reabilitação de Animais Marinhos (Ipram), em Cariacica. E lá, infectaram uma terceira ave, um Atobá-pardo que estava se recuperando de um problema na pata desde janeiro. Em entrevista à CBN Vitória, o secretário de Estado da Agricultura, Enio Bergoli, fala das medidas de biosseguridade para a proteção da avicultura capixaba. Segundo Enio Bergoli, os locais onde as aves foram recolhidas estão interditados e as pessoas que tiveram contato entraram em quarentena. 

As três aves morreram dias depois, em 10 de maio passado. Uma delas morreu pela doença e as outras duas ficaram tão debilitadas ao ponto de terem de sofrer eutanásia. O Idaf foi notificado da suspeita pelo médico veterinário do Ipram no dia 10. Logo após foi realizada a investigação e coleta de amostras para identificar o vírus H5N1 - que foi confirmado nesta segunda (15) -, conforme ações previstas no plano de vigilância de influenza aviária.

As amostras foram processadas no Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de São Paulo (LFDA/SP), reconhecido pela Organização Mundial da Saúde Animal (OMSA), desde 2016, como referência internacional em diagnóstico de influenza aviária. Os dois locais por onde as aves passaram, tanto a Fazendinha como o Ipram estão isolados. No Ipram há outras 30 aves, mas desde então não apresentaram sintomas.