Gripe aviária: locais interditados e funcionários em quarentena após confirmação de três casos em aves
Ouça entrevista com o o secretário de Estado da Agricultura, Enio Bergoli
-
Fernanda Queiroz
[email protected]

As três aves identificadas no Espírito Santo com gripe aviária estavam debilitadas e já tinham morrido quando saíram os resultados dos testes que identificaram que elas estavam com o vírus H5N1. A primeira foi achada caída na praia em Marataízes, no sul do Estado. Por coincidência, quem identificou o trinta-reis-bando debilitado foi uma médica veterinária do próprio Idaf, que teve os cuidados para recolher a ave de forma segura. A segunda ave, também um trinta-réis-bando, foi encontrada caída embaixo de uma árvore no parque da Fazendinha, em Jardim Camburi, que fica a pouco mais de 2 km da praia, onde as aves costumam ficar. Ela foi recolhida por técnicos do Instituto Caiman que atuam no parque. As duas foram levadas para o Instituto de Pesquisa e Reabilitação de Animais Marinhos (Ipram), em Cariacica. E lá, infectaram uma terceira ave, um Atobá-pardo que estava se recuperando de um problema na pata desde janeiro. Em entrevista à CBN Vitória, o secretário de Estado da Agricultura, Enio Bergoli, fala das medidas de biosseguridade para a proteção da avicultura capixaba. Segundo Enio Bergoli, os locais onde as aves foram recolhidas estão interditados e as pessoas que tiveram contato entraram em quarentena.
As três aves morreram dias depois, em 10 de maio passado. Uma delas morreu pela doença e as outras duas ficaram tão debilitadas ao ponto de terem de sofrer eutanásia. O Idaf foi notificado da suspeita pelo médico veterinário do Ipram no dia 10. Logo após foi realizada a investigação e coleta de amostras para identificar o vírus H5N1 - que foi confirmado nesta segunda (15) -, conforme ações previstas no plano de vigilância de influenza aviária.
As amostras foram processadas no Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de São Paulo (LFDA/SP), reconhecido pela Organização Mundial da Saúde Animal (OMSA), desde 2016, como referência internacional em diagnóstico de influenza aviária. Os dois locais por onde as aves passaram, tanto a Fazendinha como o Ipram estão isolados. No Ipram há outras 30 aves, mas desde então não apresentaram sintomas.