Grupo com pesquisadores do ES monitora biodiversidade aquática

Entre essas 36 instituições, três são do Espírito Santo: Ufes, Ifes e UVV

Vitória / Rede Gazeta
Publicado em 07/02/2023 às 12h07
Rio Doce, em Linhares, região Norte do ES
Rio Doce, em Linhares, região Norte do ES. Crédito: Felipe Tozatto/Prefeitura de Linhares/Divulgação

Um grupo de pesquisadores de 36 instituições do Brasil estão participando do Programa de Monitoramento da Biodiversidade Aquática da Área Ambiental I (PMBA), criado para atender a Cláusula 165 do Termo de Transição de Ajustamento de Conduta (TTAC), assinado entre os governos e órgãos reguladores federais e estaduais dos estados de Minas Gerais e Espírito Santo e as empresas Samarco Mineração S.A. e suas mantenedoras Vale S.A. e BHP Billiton. A ação teve início após o rompimento da barragem com rejeitos de mineração ocorrido no dia 5 de novembro de 2015 em Mariana, Minas Gerais. Entre essas 36 instituições, três são do Espírito Santo. Alex Bastos, coordenador técnico do Programa de Monitoramento da Biodiversidade Aquática da Área Ambiental I, explica o trabalho. Acompanhe.

A tragédia provocou uma enxurrada de lama devastou o distrito de Bento Rodrigues e deixou um rastro de destruição à medida que avançava pelo Rio Doce. O acidente liberou cerca de 62 milhões de metros cúbicos de rejeitos de mineração, que eram formados, principalmente, por óxido de ferro, água e lama.

A lama chegou na foz do Rio Doce, em Regência, em Linhares, no dia 20 de novembro de 2015. O material levou 15 dias para percorrer os mais de 600 quilômetros do rio, desde o local do rompimento da barragem, em Minas Gerais, até o mar, no Espírito Santo.

Com a chegada da lama ao lado capixaba do Rio Doce, diversos estudos começaram a ser realizados. O maior deles reúne diversas instituições, incluindo universidades federais brasileiras, e que realiza o monitoramento do impacto causado na biodiversidade aquática em ambientes continentais (rios, estuários, lagos) e marinhos (praias, costa e mar), pelo rompimento da barragem. Juntas, as instituições fazem parte do Programa de Monitoramento da Biodiversidade aquática (PMBA).