Morte de Paulo Gustavo: a gravidade da covid não tem faixa etária

O entrevistado é o médico infectologista e professor da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Crispim Cerutti Junior

Vitória / Rede Gazeta
Publicado em 05/05/2021 às 18h23
Atualizado em 17/05/2021 às 10h48
Paulo Gustavo, em foto de agosto de 2014 . Crédito: : Fernando Souza/Agência O Dia/Estadão Conteúdo/Arquivo
Paulo Gustavo, em foto de agosto de 2014 . Crédito: : Fernando Souza/Agência O Dia/Estadão Conteúdo/Arquivo

Morreu nesta terça-feira (04), aos 42 anos, o ator e humorista Paulo Gustavo, por conta de complicações causadas pela covid-19. Mais uma trágica perda entre os mais de 411 mil óbitos em decorrência da doença. Ele estava internado desde o dia 13 de março, em um hospital na Zona Sul do Rio de Janeiro. Após seis dias internado, Paulo Gustavo chegou a apresentar melhora no quadro geral. No entanto, em 22 de março, a situação regrediu e o ator precisou ser entubado. No dia 2 de abril, o quadro piorou e Paulo Gustavo passou a utilizar a terapia ECMO - similar a um pulmão artificial. 

Ao longo do tratamento, ele vinha apresentando melhoras. Porém, na noite do último domingo (02), o ator teve uma piora significativa e sofreu uma embolia, que acabou se disseminando e afetou o sistema nervoso central, conforme informou o boletim médico. No início da noite de terça (04), segundo novo boletim, os médicos chegaram à conclusão que o quadro era irreversível. A morte foi constatada às 21h12.

Mas como o quadro de saúde de uma pessoa jovem se desenvolveu com tanta gravidade? Quem nos ajuda a responder é o médico infectologista Crispim Cerutti Junior, professor da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes).

"O risco de morte pra doença independe de faixa etária. Além do risco individual, há o risco coletivo", esclarece. Acompanhe as explicações completas!