'Não há prova de fraude na urna porque nunca houve fraude', explica ex-juiz eleitoral

O entrevistado é o advogado e professor Danilo Carneiro, doutor em Ciências Jurídico-Sociais e ex-juiz eleitoral

Vitória / Rede Gazeta
Publicado em 30/07/2021 às 17h30
Atualizado em 30/07/2021 às 17h30
Urna eletrônica
Urna eletrônica. Crédito: Carlos Alberto Silva

Desde que venceu a eleição presidencial, em segundo turno no ano de 2018, Jair Bolsonaro alega que o pleito foi fraudado e que a vitória dele foi em primeiro turno. Em 2020, o presidente chegou a afirmar que tinha provas de fraude na urna eletrônica que provariam sua tese. Nesta quinta-feira (29), Bolsonaro marcou uma live, com transmissão simultânea pela televisão estatal, para apresentar as provas, mas ao final, afirmou que não tem provas e que não pode comprovar se as eleições foram ou não fraudadas. Isso não o impediu de fazer, segundo analistas, o maior ataque ao sistema de votação brasileiro e reiterar sua defesa ao voto impresso - que, na opinião do presidente, é "auditável" e mais democrático.

Em entrevista ao CBN Cotidiano, o advogado e professor universitário Danilo Carneiro, doutor em Ciências Jurídico-Sociais e ex-juiz eleitoral, ressalta que a urna eletrônica brasileira data de 1996 e até hoje não existem evidências de fraudes porque, segundo ele, o sistema não abre esta brecha. "Nunca houve uma prova sequer de fraude na urna", afirma Carneiro. O ex-juiz do Tribunal Regional Eleitoral do Espírito Santo (TRE-ES) salienta que a a urna eletrônica é auditável do início ao fim e é auditada em todas as etapas de uma eleição. Sobre o voto impresso, o doutor alertou que há o risco de se voltar aos tempos do voto de cabresto, que durante décadas assombrou a política brasileira. 

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