Laudo aponta que carta registrada em cartório foi escrita por Milena

Resultados da Polícia Civil confirmam que a carta registrada em cartório foi escrita pela médica Milena Gottardi

Publicado em 02/10/2017 às 19h52
Atualizado em 21/05/2021 às 14h46
Milena. Crédito: Facebook
Milena. Crédito: Facebook

Os resultados do laudo grafotécnico, realizado pelo departamento de criminalística da Polícia Civil, confirmaram que a carta registrada em cartório pela médica Milena Gottardi, assassinada no último dia 14, foi confeccionada e assinada por ela.

A carta, onde a médica relata os problemas no casamento de 13 anos com o policial civil Hilário Frasson, preso por suspeita de ser um dos mandantes do crime, foi registrada no cartório no dia 05 de abril deste ano.

Já pressentindo que algo de ruim pudesse acontecer com ela, já que Hilário não aceitava a separação, a médica decidiu registrar uma carta no cartório, contando os problemas que ela enfrentava no casamento e o desejo que a as filhas, de 09 e 02 anos, ficassem sob os cuidados do irmão Douglas e da mãe dela, dona Zilca.

A médica diz na carta que só ficaria em paz se soubesse que a guarda das filhas estava com o irmão, pois, Douglas tem plenas condições de seguir com a educação que ela dava às filhas, bem como fazer bom uso de recursos financeiros para as meninas.

Ela também relata o temperamento difícil do ex-marido, que reagia com agressividade a algumas situações, mas sem agressão física. A médica afirma que não registrou boletim de ocorrência para não prejudicar o trabalho do ex-marido na Polícia Civil, já que ele ainda estava em estágio probatório.

De acordo com o Polícia Civil, para obter os resultados do laudo que apontou que foi Milena quem escreveu a carta, o departamento fez o confronto dos padrões da carta com as fichas assinadas pela vítima no cartório, onde realizou o registro do documento, no mesmo dia em que ele foi escrito e, também, com as anotações escritas em um caderno que foi apresentado pela família da médica.

O caso segue sob investigação. A Delegacia de Homicídio e Proteção à Mulher tem até o dia 16 de outubro para concluir o inquérito, mas esse prazo pode ser prorrogado para mais 30 dias. 

Este texto não traduz, necessariamente, a opinião de CBN Vitória.